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Depois de 57 dias sem alterar os preços, a Petrobras anunciou, nesta 5ª feira (10.mar.2022), um novo reajuste para os combustíveis nas refinarias. Os aumentos serão de R$ 0,61 na gasolina e de R$ 0,90 para o diesel, o que significam uma elevação de 18,8% e de 24,9%, respectivamente.

Com isso, os preços médios, por litro, terão as seguintes alterações:

GASOLINA – de R$ 3,25 para R$ 3,86;
DIESEL – de R$ 3,61 para R$ 4,51;

Os reajustes, válidos a partir de 6ª feira (11.mar), ficaram abaixo da defasagem apontada pelos importadores de combustíveis em relação aos preços de importação.

Segundo comunicado divulgado pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) nesta 5ª feira, se a Petrobras seguisse à risca o PPI (Preço de Paridade de Importação), o litro da gasolina teria que ser reajustado em R$ 0,83 e o diesel, em R$ 1,17.

O descasamento entre os preços praticados no mercado interno e os do exterior se acentuou nos últimos dias por causa da guerra na Ucrânia. Como a Rússia é a segunda maior produtora mundial de petróleo e vem sofrendo sanções dos Estados Unidos e da União Europeia por causa do conflito, o setor de óleo e gás prevê um descompasso entre oferta e demanda do óleo, em todo o mundo. Isso impacta diretamente os derivados, como diesel e gasolina.

Para tentar conter a escalada dos preços em pleno ano eleitoral, o Palácio do Planalto avalia subsidiar os preços praticados pela Petrobras. Do lado do Congresso, há a expectativa de o Senado votar 2nesta 5ª feira 2 projetos de lei, ambos de relatoria do senador Jean Paul Prates (PT), voltados à redução dos preços dos combustíveis.

Rafaella Barros – Poder 360

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